A Mandala é um círculo de cura que nos conecta com as partes mais profundas do nosso inconsciente. Por esta razão, ela sempre exerceu fascínio nos seres humanos. O círculo é uma das figuras da geometria sagrada e, através dele, sentimos segurança e totalidade.
Assim como o Círculo, a Mandala também é um símbolo representante do universo e de tudo que o universo contém.
Origem da palavra Mandala
A palavra Mandala vem do sânscrito (dialeto antigo do norte da Índia) e significa Círculo. Existem mandalas datadas de 25.000 anos atrás.
O Caminho para o Centro
No símbolo de uma mandala, podemos vivenciar algo único: encontrar segurança e proteção. Encontrar o seu próprio centro.
A criação humana de mandalas constitui fonte de reencontro com a natureza essencial e manifesta a necessidade de expressão simbólica para consigo, com o outro e com o cosmos. Faz parte de variadas culturas nativas ancestrais, como expressão espontânea e inconsciente.
A mandala carrega o simbolismo da totalidade, da união e do equilíbrio. Representa o movimento em direção à integração psicológica, da reconciliação interna.
As mandalas são fontes de formação de um arquétipo de ordem, de integração psíquica, de desintegração e reintegração, capaz de fortalecer o que é mais essencial nos seres humanos.
Mandalas Dançadas
Você já parou para observar a forma das danças circulares? Não parece óbvio para você que as danças circulares são mandalas em movimento?
Segundo Jung e Wilhelm, os símbolos de uma mandala indicam que não é apenas uma expressão e sim uma atuação, ou seja, nos movemos e sentimos os efeitos do círculo, pois atuam sobre cada dançarino. Desta forma, quando dançamos em um círculo, nós estamos girando em torno de nós mesmos em busca também do nosso próprio centro.
Sendo o círculo a representação da ordem, da harmonia e da totalidade, e por ser parte da geometria sagrada, que é a linguagem do universo, quando estamos em um círculo de danças nos sentimos inteiros, integrados à grande teia do universo.
Mandalas em Movimento
É um trabalho de Dança Circular que iniciou na Suíça e veio para o Brasil.
É algo novo e único, é um processo de cura numa espiral ascendente em direção ao seu próprio centro.
São 33 danças circulares, 33 caminhos de cura e transformação. Cada dança do Mandalas em Movimento traz para o dançarino a contração e a expansão, que são os movimentos da pulsão da vida. As Mandalas em Movimento são imagens de meditação e cura que, quando unidas ao movimento corporal, aprimoram-se e cria-se uma força geradora de saúde, criatividade e proteção.
História do Mandalas em Movimento
O trabalho de Danças Circulares chamado Mandalas em Movimento iniciou quando Adriana Bisconsin e seu marido Ricardo Ribeiro encontraram o livro Brucken des Lebens (Pontes da Vida) com 33 mandalas estáticas, da autora suíça Monika Cortesi, no Hotel Bildungzentrum Matt em 2014, num vilarejo próximo a Lucerna, na Suíça. Adriana intuiu que as mandalas naquele livro poderiam se transformar em Danças, embora ainda não soubesse como.
Então Adriana iniciou um processo meditativo com cada mandala do livro, e dessas mandalas vinham imagens em movimento que se transformaram em mandalas de danças (esboço ou desenho da dança circular). O passo seguinte foi escolher as músicas que vestiriam cada movimento, cada dança. Logo após o casamento da música com o esboço da mandala, a coreografia era finalizada. E então, na etapa final do processo criativo, Ricardo fazia o desenho final da mandala.
ELE é perfeito!
Carl Jung em um seminário sobre Análise dos Sonhos trouxe a seguinte fala: “Você pode desenhar uma mandala, você pode construir uma mandala, ou você pode Dançar uma mandala”.
E ele estava completamente certo. O Mandalas em Movimento é algo novo e único, é um processo de cura numa espiral ascendente em direção ao seu próprio centro.